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Brasil MOÍDO GRANDE

Trama golpista: PF deve ouvir Wajngarten e Paulo Cunha Bueno na próxima terça (1°)

Eles devem prestar esclarecimentos sobre suposta obstrução de Justiça

29/06/2025 06h09 Atualizada há 2 semanas
Por: Redação
Foto: Agência Brasil
Foto: Agência Brasil

Os advogados Fabio Wajngarten e Paulo Cunha Bueno, ex e atual representantes do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), devem prestar depoimento à Polícia Federal na próxima terça-feira (1°/7). A oitiva ocorre por determinação do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), em um inquérito que apura se as defesas dos réus da tentativa de golpe de Estado agiram para tentar atrapalhar as investigações da Polícia Federal.

Segundo o delator da trama golpista, tenente-coronel Mauro Cid, a defesa de Bolsonaro tentou obter informações sobre a sua delação premiada por meio de seus familiares. Ele disse à PF que os advogados ofereceram articular uma “defesa conjunta”. 

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Também na terça-feira serão ouvidos o réu Marcelo Câmara, acusado de participar da trama golpista, e o seu advogado, Eduardo Kuntz.

Fabio Wajngarten, Paulo Costa Bueno e Eduardo Kuntz serão ouvidos em São Paulo. Marcelo Câmara vai prestar depoimento em Brasília, onde está preso.

Tentativa de obstrução 

Na semana passada, foi aberto um inquérito para apurar se o ex-assessor de Bolsonaro Marcelo Câmara, réu na ação penal, e o advogado dele, Eduardo Kuntz, tentaram obstruir a investigação.

Mauro Cid afirmou que Eduardo Kuntz procurou sua mãe e sua filha adolescente para tentar obter informações da delação. O advogado e Paulo Cunha Bueno também teriam oferecido uma defesa conjunta para o militar — que à época estava preso. 

Em outra oitiva, o ex-ajudante de ordens de Bolsonaro relatou que Fabio Wajngarten e o ex-ministro Walter Braga Netto tentaram obter informações sobre o conteúdo de seus primeiros depoimentos à Polícia Federal.  

"Basicamente isso aconteceu logo depois da minha soltura, quando eu fiz a colaboração naquele período, onde não só ele [Braga Netto] como outros intermediários tentaram saber o que eu tinha falado", afirmou. 

"Fazia um contato com o meu pai [general Mauro Lourena Cid], tentavam ver o que eu tinha, se realmente eu tinha colaborado, porque a imprensa estava falando muita coisa, ele não era oficial, e tentando entender o que eu tinha falado", contou aos agentes.

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