O deputado federal Dr. Damião Feliciano (União Brasil) propôs, nesta terça-feira (25), uma solução para o impasse sobre a disputa pelo comando da federação entre o União Brasil e o Progressistas (PP) na Paraíba. As duas siglas, que têm lideranças em lados opostos, estão em busca de lançar candidatos ao governo do estado nas eleições de 2026, mas a disputa interna tem gerado tensões.
De um lado, o senador Efraim Filho, presidente do União Brasil na Paraíba, deseja ser candidato ao governo. Do outro, o PP, sob a liderança dos Ribeiros, trabalha para lançar o vice-governador Lucas Ribeiro ao Palácio da Redenção. Esse cenário coloca em xeque a possibilidade de um consenso entre as duas legendas, que precisam decidir se lançarão Efraim Filho pelo União Brasil ou Lucas Ribeiro pelo PP.
Damião Feliciano sugeriu que o diálogo é essencial para resolver o impasse. “A conversa é fundamental. Alguém vai ter que ceder em alguns momentos, outros podem avançar. Mas, acima de tudo, a humildade para reconhecer que não é um projeto pessoal, mas sim um projeto para o povo. Para aqueles que mais precisam, alavancando o crescimento do nosso estado e das nossas cidades”, disse o parlamentar.
Embora faça parte do União Brasil, partido que é oposição ao governador João Azevêdo (PSB), Damião Feliciano tem se alinhado à base governista na Assembleia Legislativa da Paraíba (ALPB). Mesmo com a divergência regional, o deputado acredita na possibilidade de uma solução conjunta. “A gente tem como fazer essa comunhão, com a capacidade de conversar, de ouvir e, acima de tudo, de recuar quando for necessário”, afirmou, apostando no entendimento entre as partes envolvidas.
Conforme apurado pelo portal Fonte83, caso a federação entre o PP e o União Brasil se concretize, o bloco resultante seria o maior da Câmara dos Deputados, com 109 parlamentares, superando a bancada do PL, partido do ex-presidente Jair Bolsonaro, que atualmente ocupa a liderança. No Senado Federal, as duas siglas somam 13 senadores. A expectativa agora recai sobre o União Brasil, que ainda precisa tomar uma decisão interna sobre sua participação.