O pediatra Fernando Cunha Lima segue detido no Centro de Observação Criminológica e Triagem (Cotel), em Abreu e Lima, no Grande Recife. O médico foi encontrado na última sexta-feira (07) em Paulista, quatro meses após ter sua prisão decretada pelo Tribunal de Justiça da Paraíba. Ao chegar em João Pessoa, Cunha Lima chegou a dizer que “tinha a certeza que só ficaria dois dias preso”. A previsão, no entanto, se concretizou.
Nesta segunda-feira (10), a defesa do pediatra – acusado de abusar sexualmente de crianças durante consultas médicas – apresentou uma manifestação à juíza Virgínia Gaudêncio, da 4ª Vara Criminal de João Pessoa, para que Fernando siga recolhido em uma unidade prisional pernambucana ou cumpra prisão domiciliar.
No sábado, durante a audiência de custódia, a Justiça de Pernambuco entendeu que caberia à Vara Criminal da Capital paraibana, responsável pela decretação de prisão preventiva, decidir se o médico seria recambiado para algum presídio de João Pessoa ou seguiria em Abreu e Lima.
Previsão de Cunha Lima não teve êxito
Ao chegar na Cidade da Polícia Civil na última sexta-feira (07) após ser preso em Pernambuco, o médico Fernando Cunha Lima disse que estava na casa de uma filha em Pernambuco no período em que estava foragido da Justiça da Paraíba e fez uma precisão. “Com as minhas doenças eu não vou ficar preso”, previu.
Questionado se tinha certeza do que falava, Cunha Lima fio enfático.
“Vou ficar só dois dias e saio”
Na ocasião, o pediatra se disse inocente e desconheceu o número elevado de denúncias. “Eu não me entreguei antes porque meu advogado não me orientou assim. Não tem nenhuma vítima, eu tenho 55 anos de pediatria, eu tenho 20 mil clientes, porque só 3 ou 2 eu fiz alguma coisa?”, declarou.
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