A Polícia Federal diz ter identificado provas ao longo da sua investigação que mostram de forma “inequívoca” que o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) “planejou, atuou e teve domínio de forma direta e efetiva dos atos executórios realizados pela organização criminosa que objetivava concretizar o golpe de Estado e a abolição do Estado democrático de direito”.
Segundo o relatório da corporação divulgado nesta terça-feira (26), desde 2019, Bolsonaro propagou informações falsas sobre o sistema eleitoral, tentou cooptar as Forças Armadas e tinha ciência de todos os passos do plano coordenado por seus assessores, militares e integrantes do governo.
“As evidências colhidas, tais como os registros de entrada e saída de visitantes do Palácio do Alvorada, conteúdo de diálogos entre interlocutores de seu núcleo próximo, análise de ERBs, datas e locais de reuniões, indicam que Jair Bolsonaro tinha pleno conhecimento do planejamento operacional (Punhal Verde e Amarelo), bem como das ações clandestinas praticadas sob o codinome Copa 2022″, escreveu.
Apesar de a PF ter indiciado o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) no mesmo inquérito que contém as investigações sobre o golpe de Estado e dizer que ele “planejou, atuou e teve domínio de forma direta e efetiva dos atos executórios”, o ex-presidente não é citado como integrante de nenhum dos núcleos de atuação para consumar o plano.
A reportagem deixa aberto o espaço para que os mencionados possam se manifestar sobre os fatos, caso desejem.