Os aeroportos brasileiros passarão a ter salas multissensoriais destinadas a pessoas com espectro autista e neurodivergentes. Segundo o Ministério de Portos e Aeroportos, a estimativa é de que 20 salas sejam instaladas até 2026. Também haverá capacitação de profissionais do setor. O intuito é oferecer ambientes acolhedores e adaptados para passageiros neurodivergentes.
As salas multissensoriais terão iluminação suave, estímulos variados em um ambiente adaptado. Esses espaços foram desenvolvidos para reduzir a sobrecarga sensorial das pessoas neurodivergentes com ambientes multissensoriais e silenciosos, que proporciona conforto a autistas e pessoas sensíveis ao fluxo mais movimentado das salas de embarque.
Essas salas fazem parte do Programa de Acolhimento aos Passageiros com Transtorno do Espectro Autista (TEA) que faz parte do Plano Nacional dos Direitos das Pessoas com Deficiência, lançado em novembro de 2023 pelo presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva e, nesta primeira fase, conta com um investimento previsto de R$ 6,5 bilhões.
Durante o lançamento do Programa de Acolhimento aos Passageiros com TEA, o Ministro de Portos e Aeroportos, Silvio Costa Filho falou sobre a importância do pioneirismo em iniciativas de inclusão e, junto com representantes de entidades do setor aéreo, assinou uma carta compromisso para que até 2026, vinte aeroportos no Brasil tenham salas multissensoriais.
Mais de 2 milhões de passageiros com espectro autista circulam, por ano, em nossos aeroportos. Estima-se que, em média, 200 mil passageiros com espectro autista circulam todos os meses por aeroportos brasileiros.
O Brasil já conta com alguns aeroportos com esse perfil, a exemplo do Aeroporto Internacional de Florianópolis , Aeroporto de Vitória, Aeroportos de Congonhas (SP) e Santos Dumont (RJ).
Ainda não foi confirmado se o aeroporto da Região Metropolitana de João Pessoa também terá uma sala multissensorial.