A vereadora Raíssa Lacerda (PSB) compareceu à sessão da Câmara Municipal de João Pessoa (CMJP) nesta terça-feira (15), marcando seu retorno ao legislativo após ser presa no âmbito da Operação Território Livre, que investiga aliciamento violento de eleitores na Capital paraibana. A presença da parlamentar, que deveria ser um ato rotineiro, chamou atenção por se tratar de sua primeira aparição pública em sessões desde o episódio de sua prisão.
Durante a sessão, a Raíssa usou a tribuna para falar sobre detalhes da prisão. O presidente da CMJP, Dinho Dowsley, advertiu Raíssa sobre uma possível violação de uma decisão judicial.
“Vossa excelência está quebrando um cautelar da medida judicial”, afirmou Dinho, referindo-se às condições impostas pela Justiça.
Lacerda foi detida na Penitenciária Júlia Maranhão, localizada no bairro de Mangabeira, mas foi liberada mediante a imposição de medidas cautelares. Entre essas medidas estão o uso de tornozeleira eletrônica, a proibição de contato com outros investigados e a restrição de se ausentar da Comarca de João Pessoa.
A parlamentar, que inicialmente tentou recorrer da obrigatoriedade do uso da tornozeleira, teve o recurso rejeitado por unanimidade pelo Tribunal Regional Eleitoral da Paraíba (TRE-PB).
Na época de sua prisão, Raíssa Lacerda divulgou uma nota nas redes sociais afirmando ser vítima de “ardilosa perseguição eleitoral”. Mesmo assim, optou por renunciar à sua candidatura à reeleição, justificando a decisão com “questões pessoais” em um documento formalizado à Justiça Eleitoral.
O caso continua a repercutir, tanto no âmbito jurídico quanto político, e Raíssa permanece sob os olhos atentos da Câmara e da sociedade.
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