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OPINIÃO ELEIÇÕES 2024

OPINIÃO | Desinteresse no 2º turno pode entregar a chave da cidade ao candidato errado

Com o esfriamento do debate público, muitas vezes a decisão se dá por inércia ou apatia

10/10/2024 09h37 Atualizada há 5 meses
Por: Redação
Foto: Louise Tonet
Foto: Louise Tonet

No cenário eleitoral brasileiro, é comum observar uma tendência de esfriamento do segundo turno. Enquanto o primeiro turno mobiliza a população, os debates são acirrados, e as campanhas tomam conta das ruas e redes sociais, o segundo turno frequentemente perde o fôlego. Esse fenômeno pode ser atribuído ao desgaste natural da campanha, mas também à falsa sensação de que o grande espetáculo da eleição já passou. Entretanto, a partida só se decide mesmo agora.

É neste momento, quando os holofotes parecem se apagar, que as escolhas mais decisivas são feitas. O segundo turno deveria ser a fase de maior reflexão do eleitorado. Aqui, restam apenas duas opções, e a responsabilidade do voto aumenta. No entanto, com o esfriamento do debate público, muitas vezes a decisão se dá por inércia ou apatia, abrindo caminho para que o menos comprometido ou menos preparado seja o escolhido, simplesmente pela falta de engajamento do eleitor.

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O desinteresse crescente nesta etapa da eleição gera um risco real para a qualidade da democracia. Eleitores que se desconectam do processo por cansaço ou desânimo acabam facilitando a escolha de candidatos que não necessariamente representam seus interesses ou o futuro desejado para a cidade ou país. Além disso, os candidatos tendem a se acomodar com campanhas menos intensas, limitando o debate e empobrecendo a discussão política.

É justamente no segundo turno que a fiscalização dos compromissos assumidos pelos candidatos se faz mais necessária. Se no primeiro turno o eleitor tem várias opções e pode diluir suas expectativas entre diversos candidatos, agora a comparação entre as duas últimas alternativas deve ser minuciosa. O futuro do mandato está em jogo, e com ele, as decisões que impactarão a vida de milhões.

Portanto, é crucial que a população perceba que a eleição só acaba quando termina de fato. O esfriamento do segundo turno não deve ser motivo para a omissão, pois é nesta fase que as decisões mais complexas e determinantes são tomadas. A política é uma maratona, e a vitória – ou o prejuízo – se decide na reta final.

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Montgomery José de Vasconcelos Há 5 meses João Pessoa-PB Questão cultural. No Brasil só é visível o 1° o resto é invisível. 2° Turno das Eleições/2024 na Capital da Parahyba está polarizado no lulismo e bolsonarismo, daí o esvaziamento da 1ª coletiva de Queiroga, quem é apadrinhado por Bolsonaro já confirmado presença, aí sim lotará picadeiros eleitoreiros. Senão, expliquem-se raios-X do 1° Turno:PT/Lula elege 253 prefeituras PL/Bolsonaro elege 523 prefeitura9s. Bolsonarismo sai mais fortalecido às Eleições/2026.
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