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Política ELEIÇÕES 2024

Justiça mantem prisão de Raíssa Lacerda e vereadora vai para presídio

As outras duas investigadas, Pollyanna Monteiro Dantas dos Santos e Taciana Batista do Nascimento também permanecem presas e serão encaminhadas para o Presídio Júlia Maranhão.

19/09/2024 13h57 Atualizada há 3 semanas
Por: Redação
Foto: Reprodução/TV Correio
Foto: Reprodução/TV Correio

A vereadora Raíssa Lacerda (PSB) permanece presa após passar por audiência de custódia na manhã desta quinta-feira (19), no Fórum Criminal de João Pessoa. A parlamentar será encaminhada para o Presídio Especial Valentina de Figueiredo ainda nesta quinta.

Outra investigada na operação, Kaline Neres do Nascimento Rodrigues, também permanece presa e será encaminhada para o Presídio Júlia Maranhão. De acordo com as investigações, Kaline atuava como articuladora de Raíssa no Alto do Mateus e é suspeita de ter ligação com facções do bairro.

As outras duas investigadas, Pollyanna Monteiro Dantas dos Santos e Taciana Batista do Nascimento também permanecem presas e serão encaminhadas para o Presídio Júlia Maranhão.

Conforme divulgado pela Polícia Federal, Pollyanna é suspeita de pressionar moradores do bairro para determinar quem deve ser votado no São José. Já Taciana, foi usada por Pollyana para exercer influência na comunidade.

ATUALIZAÇÃO ÀS 20h04

Inicialmente, a vereadora Raíssa Lacerda seria recolhida no 5º Batalhão de Polícia Militar (5º BPM), no bairro do Valentina, mas a Polícia Federal informou que ela foi levada à Penitenciária Feminina Júlia Maranhão, no bairro de Mangabeira, “apenas por logística do sistema penal”.

Operação ‘Território Livre’

Raíssa Lacerda foi presa na manhã desta quinta-feira (19), durante a segunda fase da Operação “Território Livre”, com foco no combate ao aliciamento violento de eleitores em João Pessoa. 

De acordo com a Polícia Federal, a ação visa reprimir práticas ilegais relacionadas à coação de eleitores. A suspeita é de que o grupo criminoso estaria se utilizando de meios ilegais para tentar obrigar que as pessoas de determinados bairros votassem na candidata.

Entenda o que é aliciamento eleitoral

O aliciamento eleitoral se refere a qualquer tentativa de coação, pressão ou influência indevida sobre eleitores, visando garantir votos para um candidato ou partido, infringindo a legislação eleitoral. De acordo com o Tribunal Regional Eleitoral (TRE), essa prática inclui ações como:

  • Compra de votos: oferecer vantagens, como dinheiro ou bens materiais, em troca do voto.
  • Pressão no ambiente de trabalho: ameaçar demitir ou promover alguém com base no apoio a determinado candidato.
  • Promessas de favores ou benefícios: condicionar a oferta de empregos, cargos ou benefícios sociais ao voto em um candidato específico.

Essas práticas violam os princípios de liberdade e igualdade no processo eleitoral e podem levar à anulação do voto, bem como à cassação do registro ou mandato do candidato envolvido, além de sanções penais e eleitorais.

VEREADORA SE POSICIONA

“Raíssa não possui nenhuma ligação com as pessoas citadas no processo da Operação ‘Território Livre’ e a verdade virá à tona e será esclarecida”, afirmou a defesa por meio de uma nota publicada nas redes sociais.

A defesa também disse que parlamentar é inocente e tem como provar, “Todos saberão da índole de Raíssa Lacerda e de sua honestidade”.

CÂMARA MUNICIPAL DE JOÃO PESSOA EMITE NOTA

A Câmara Municipal de João Pessoa (CMJP) informa que a sua Procuradoria-Geral vem acompanhando de perto os desdobramentos da Operação Território Livre, da Polícia Federal. Informa ainda que a Casa do Povo, composta por representantes legítimos da população, confia no trabalho da Justiça e no devido processo legal. 

Por fim, ressalta que a Casa de Napoleão Laureano e seus representantes defendem de forma intransigente o direito constitucional de ir e vir das pessoas e vão acompanhar de perto o desenrolar das investigações.

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A reportagem deixa aberto o espaço para que os mencionados possam se manifestar sobre os fatos, caso desejem.

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