A vereadora Raíssa Lacerda (PSB) foi presa na manhã desta quinta-feira (19) durante a operação Território Livre II, que visa o combate a aliciamento violento de eleitores. A parlamentar é investigada por participar do crime e já havia sido alvo de busca e apreensão recentemente.
De acordo com a decisão da Justiça, o mandado de prisão ocorre diante “da análise das conversas contidas nos celulares apreendidos nas digilências anteriormente realizadas, estando demonstrandos os indicios da prática de coação e controle de facção criminonosa ligada ao tráfico de drogas nesta cidade com fins eleitorais”.
Além de Raíssa, mais três pessoas foram presas. Os nomes não foram divulgados ainda.
Ao decretar as prisões, a Justiça Eleitoral apontou que o diálogo de conversas obtidas nos celulares dos investigados confirmam o indício da prática de coação e controle de facção criminosa ligada ao tráfico de drogas para fins eleitorais.
Os alvos foram levados para exame de corpo delito e em seguida ficarão à disposição da Justiça na sede da PF em João Pessoa.
Na atual legislatura, Raíssa Lacerda ficou como suplente, mas assumiu a titularidade da vaga deixada pelo vereador Professor Gabriel, que morreu no fim de maio deste ano devido a complicações decorrentes de um acidente vascular cerebral isquêmico.
Antes de retornar à Câmara Municipal, Raíssa era secretária-executiva de Direitos Humanos e Cidadania da Prefeitura de João Pessoa.
Ainda não foi divulgado números totais sobre essa nova fase da operação.
VEREADORA SE POSICIONA
“Raíssa não possui nenhuma ligação com as pessoas citadas no processo da Operação ‘Território Livre’ e a verdade virá à tona e será esclarecida”, afirmou a defesa por meio de uma nota publicada nas redes sociais.
A defesa também disse que parlamentar é inocente e tem como provar, “Todos saberão da índole de Raíssa Lacerda e de sua honestidade”.
CÂMARA MUNICIPAL DE JOÃO PESSOA EMITE NOTA
A Câmara Municipal de João Pessoa (CMJP) informa que a sua Procuradoria-Geral vem acompanhando de perto os desdobramentos da Operação Território Livre, da Polícia Federal. Informa ainda que a Casa do Povo, composta por representantes legítimos da população, confia no trabalho da Justiça e no devido processo legal.
Por fim, ressalta que a Casa de Napoleão Laureano e seus representantes defendem de forma intransigente o direito constitucional de ir e vir das pessoas e vão acompanhar de perto o desenrolar das investigações.
Matéria em atualização
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A reportagem deixa aberto o espaço para que os mencionados possam se manifestar sobre os fatos, caso desejem.