Em meio aos impactos da crise hídrica no setor elétrico, o ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, afirmou nessa quinta-feira (12) que o horário de verão é uma “possibilidade”, mas o governo ainda estuda essa e outras medidas. Segundo Silveira, além de trazer impactos energéticos e econômicos, a mudança pode contribuir para reduzir o despacho de térmicas em momentos de demanda máxima.
“Horário de verão é uma possibilidade real, mas não é um fato, porque ele tem implicações não só energéticas, tem implicações econômicas. Até agora, todos os dados de pesquisa anteriores são positivos, fomenta a economia em diversos setores do Brasil. Ele é importante para diminuir o despacho de térmicas nos horários de ponta, mas é uma das medidas”, disse o ministro.
Na ocasião, Silveira disse que o país não enfrentará racionamento em razão do período de seca e que a segurança energética está “garantida”. “O que se discute agora são medidas para que a gente continue tendo essa segurança energética, que ela tenha o menor impacto tarifário ao consumidor”, completou.
O horário de verão foi criado para impulsionar o aproveitamento da luz natural em relação à artificial. Durante esse período, os relógios eram adiantados em uma hora para reduzir o consumo de energia elétrica, especialmente nos horários de pico.
Em 2019, o ex-presidente Jair Bolsonaro acabou com o horário de verão. A justificativa foi a falta de efeitos positivos da medida para o setor elétrico. Nesta quarta-feira (11), o ministro disse que a decisão de restabelecer o horário de verão depende do índice de chuvas.
Leilão de baterias
Silveira afirmou, ainda, que o governo prevê publicar até o fim do ano um leilão para contratação de baterias em sistemas de armazenagem. O ministro disse que a finalidade do edital é “impulsionar a tecnologia de bateria no Brasil”, além de incentivar a vinda de produtoras.
“Nos próximos dias nós vamos soltar a consulta pública. Nós não podemos achar que nós vamos soltar um grande leilão de baterias, que a finalidade do leilão de bateria é impulsionar a tecnologia de bateria no Brasil. Acredito muito, que a médio prazo, as energias intermitentes vão ser melhor acondicionadas nas baterias e vão diminuir o custo da energia”, disse.