O pediatra Fernando Paredes, de 81 anos, foi indiciado em um novo inquérito por estupro de vulnerável contra duas crianças, um menino e uma menina nessa terça-feira (11). Além dessas vítimas, duas sobrinhas do médico foram ouvidas como declarantes no caso.
A delegada Andrea Lima explicou que as sobrinhas foram ouvidas como declarantes porque os crimes contra elas já estão prescritos. No primeiro inquérito, também foram ouvidas outras duas sobrinhas, nas mesmas condições. Ambos os inquéritos foram presididos pela delegada Isabel Costa, da Delegacia de Repressão aos Crimes Contra a Infância e a Juventude.
Fernando Paredes compareceu à delegacia na sexta-feira (6) e, pela primeira vez, falou publicamente sobre as acusações, negando os crimes. Ele sugeriu que as vítimas estariam em busca de dinheiro.
No dia 14 de agosto, a Polícia Civil realizou uma coletiva de imprensa confirmando o indiciamento do médico por estupro de vulnerável, após a conclusão do primeiro inquérito. O Ministério Público da Paraíba (MPPB) denunciou o pediatra por abuso sexual de três crianças, solicitando sua condenação por quatro crimes, visto que uma das vítimas foi abusada duas vezes. A pena pode chegar a 60 anos de prisão, e também foi pedida a prisão preventiva do acusado.
O caso começou no dia 25 de julho, quando a primeira denúncia formal de estupro de vulnerável foi registrada. A mãe de uma criança informou à polícia que presenciou o médico tocando as partes íntimas de seu filho durante uma consulta. A partir dessa denúncia, novas acusações surgiram, incluindo relatos de uma sobrinha que afirmou ter sido abusada quando tinha 9 anos, em 1991.
O Conselho Regional de Medicina da Paraíba (CRM-PB) instaurou uma sindicância e suspendeu temporariamente o registro profissional de Fernando Paredes. A Associação dos Pais e Amigos dos Excepcionais (Apae), onde ele atuava como diretor, também o afastou de suas funções diretivas.
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