O pleno do Conselho Regional de Medicina do Estado da Paraíba (CRM-PB), aprovou por unanimidade, durante sessão realizada na noite desta sexta-feira (16), o afastamento por 180 dias do médico pediatra Fernando Cunha Lima. A decisão é provisória e foi tomada após uma plenária extraordinária convocada pelo CRM-PB. Da decisão ainda cabe recurso e após o prazo e tramitação legal será encaminhada ao Conselho Federal de Medicina (CFM) para que a mesma seja referendada.
O pediatra é acusado de pedofilia em massa na Paraíba, pelo menos, desde 1991. Na última quarta-feira (14), a Polícia Civil da Paraíba indiciou o médico pelos crimes de estupro contra crianças. O caso foi encaminhado para a Justiça na última segunda-feira (12), e por envolver crimes contra menores, tramitará de forma sigilosa. O próximo passo será o encaminhamento do processo para análise do Ministério Público da Paraíba, que decidirá sobre a oferta da denúncia.
O caso veio à tona, após a mãe de uma criança de nove anos denunciar o crime de abuso sexual praticado contra a filha. Após essa denúncia, diversas famílias também prestaram depoimento contra o pediatra.
Uma das denúncias, foi feita pela própria sobrinha do médico, Gabriela Cunha Lima, que afirmou em entrevista à TV Correio, que sofreu abuso do tio há mais de 30 anos.
Ela contou, em detalhes, que o caso aconteceu quando eles estavam na casa de praia do tio, no ano de 1991.
O advogado Aécio Farias, responsável pela defesa, informou que Cunha Lima negou as acusações.
“Ele [Fernando] foi ouvido e respondeu a todas as perguntas feitas pela Polícia. Ele negou as acusações, disse que são inverídicas, inclusive da sobrinha [Gabriela Cunha Lima]”, disse.
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