Nesta quinta-feira (15), o Ministério Público da Paraíba (MPPB) designou o promotor Bruno Leonardo Lins para conduzir o processo contra o médico pediatra Fernando Paredes Cunha Lima. O médico é indiciado por estupro de quatro crianças e é suspeito de ter cometido diversos outros crimes sexuais ao longo dos últimos 30 anos.
Bruno Leonardo Lins é o terceiro promotor designado para o caso. Seus antecessores, Arlan Costa Barbosa e Alexandre Jorge Nóbrega, afastaram-se do processo alegando motivos de foro íntimo.
O novo promotor terá inicialmente duas tarefas importantes: a primeira, apresentar um parecer sobre o pedido de prisão preventiva feito pela Polícia Civil, o qual será submetido à análise da Justiça; a segunda, examinar o indiciamento do pediatra para decidir se apresentará ou não uma denúncia formal contra ele.
O desenrolar do caso segue sob sigilo, com os próximos passos dependendo das decisões que serão tomadas nos âmbitos da promotoria e do judiciário.
O caso veio à tona, após a mãe de uma criança de nove anos denunciar o crime de abuso sexual praticado contra a filha. Após essa denúncia, diversas famílias também prestaram depoimento contra o pediatra.
Uma das denúncias, foi feita pela própria sobrinha do médico, Gabriela Cunha Lima, que afirmou em entrevista à TV Correio, que sofreu abuso do tio há mais de 30 anos.
Ela contou, em detalhes, que o caso aconteceu quando eles estavam na casa de praia do tio, no ano de 1991.
O advogado Aécio Farias, responsável pela defesa, informou que Cunha Lima negou as acusações.
“Ele [Fernando] foi ouvido e respondeu a todas as perguntas feitas pela Polícia. Ele negou as acusações, disse que são inverídicas, inclusive da sobrinha [Gabriela Cunha Lima]”, disse.
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