O Partido da Social Democracia Brasileira (PSDB) tem história! A afirmação não se dá apenas pelos seus 36 anos de fundação ou por ser o quinto maior partido do país. Sua contribuição para os altos e baixos da política já está assentada na memória dos brasileiros.
O PSDB deu guarida a Mário Covas, Teotônio Vilela, Aécio Neves, José Serra, Geraldo Alckmin, Tasso Jereissati, Eduardo Leite, João Dória e ao mais notável tucano, o ex-presidente da República Fernando Henrique Cardoso.
Na Paraíba, vários nomes integraram suas fileiras: ‘Os Cunha Lima’, a começar por Ronaldo, Cássio e o mais recente, Pedro. A lista segue com Cícero Lucena, Rômulo Gouveia, Zenóbio Toscano, Hervázio Bezerra, Lauremília, Domiciano Cabral, Camila Toscano, Tovar Correia, João Corujinha, Luís Flávio, Marcos Vinícius, entre outros.
O ninho tucano vem acumulando derrotas, a começar por Cássio Cunha Lima, que perdeu em 2014 a campanha ao governo do estado. Ele chegou a ser considerado favorito e liderou a maioria das pesquisas. Terminou o primeiro turno como o candidato mais votado, no entanto, perdeu a eleição de virada no segundo turno para o seu ex-aliado político e governador candidato à reeleição Ricardo Coutinho.
Em 2018, foi preterido na reeleição para o Senado. Com duas vagas disponíveis, terminou a apuração em quarto lugar, com 17,5% dos votos válidos, atrás dos dois eleitos, Veneziano Vital do Rêgo e Daniella Ribeiro, e também de Luiz Couto.
Em 2020, Ruy Carneiro disputou a Prefeitura de João Pessoa e ficou em terceiro lugar, com apenas 16,37% dos votos válidos. O partido elegeu apenas 27 prefeitos nas 223 cidades existentes na Paraíba.
Em 2022, foi a vez de Pedro Cunha Lima decidir não disputar a reeleição para deputado federal e perder a disputa pelo governo da Paraíba para João Azevêdo. O PSDB não conseguiu sequer formar uma chapa proporcional à Câmara Federal e elegeu apenas três dos 36 deputados estaduais.
De lá para cá, o partido vem acumulando um número crescente de desfiliações: perdeu Romero Rodrigues, Léa Toscano, Bruno Cunha Lima, Ruy Carneiro e vários outros ex-prefeitos e vereadores.
Hoje, o partido não controla nenhuma das grandes cidades da Paraíba e não tem um comando estratégico. Pedro deixou a presidência e quem assumiu foi o deputado recém-eleito Fábio Ramalho. Logo depois, Pedro passou a comandar a Federação PSDB/Cidadania, que, diga-se de passagem, está rachada e não apoia a mesma candidatura que os tucanos.
Em João Pessoa, o partido que já foi comandado por deputados, senadores, vice-governadora e vereadores passou a ser comandado – ao que parece – de última hora pelo advogado Luiz Rodrigues Neto.
Seu maior feito? Até então, é conseguir que, pela primeira vez nos últimos 32 anos, o PSDB não lance um único candidato a vereador na Capital.
É como dito no começo dessa análise: o PSDB tem muita história, altos e baixos. Na Paraíba, alguns dos atuais tucanos seguem a regra da natureza, voam baixo e vão aos pulinhos de galho em galho.