O Brasil deve testar, em 2025, seu primeiro drone de combate, desenvolvido por uma fornecedora do Exército.
Um deles é o Nauru 1000C, fabricado pela Xmobots que foi entregue ao Exército em 2022 na versão de monitoramento.
Fundador e CEO da empresa, Giobani Amiant diz que a versão armada começou a ser desenvolvida em 2023.
O projeto prevê que o Nauru 1000C seja armado com dois mísseis que foram desenvolvidos, inicialmente, para lançamento da terra, a partir do ombro.
Batizado de Enforcer Air, ele é fabricado pela europeia MBDA e foi projetado para ser usado contra veículos com blindagem leve e atingir alvos a até 8 km de distância.
Por enquanto, a empresa só realizou testes com protótipos para simular a integração das armas na aeronave e analisar seus efeitos na dinâmica e na estabilidade do drone.
Na imagem abaixo, um modelo ilustrativo mostra como o Nauru 1000C deve ficar quando estiver equipado como mísseis. O protótipo foi exibido em uma feira de tecnologia em São Carlos, no interior de São Paulo.
Segundo o Exército, o ciclo de planejamento estratégico atual, que vai até 2027, prevê a obtenção obtenção de drones equipados com mísseis.
Marinha e Aeronáutica informaram não ter, atualmente, programas para incorporar drones de combate aos seus arsenais.
Mais de 40 países no mundo possuem drones de combate, segundo a versão mais recente do levantamento periódico de arsenais e efetivos militares feito há 65 anos pelo Instituto Internacional de Estudos Estratégicos (IISS, na sigla em inglês).
Na América Latina, apenas a Venezuela possi esse tipo de aeronave – o Mohajer, um dos modelos fabricados pelo Irã, um dos maiores fornecedores desse tipo de equipamento atualmente.
Entres drones de ataque presentes em mais países estão o turco Bayraktar (em 17), os chineses Caihong (13) e Wing Loong (11), o americano MQ (13) e os iranianos Shahed (4) e Mohajer (6) – um modelo desses, o Shahed-136, foi utilizado pelo Irã em um ataque a Israel em abril.