“Ele (Lula) tem um Congresso onde o seu partido e os partidos que o apoiaram são minoria. Se nós separarmos 90 deputados do PL e 130 da centro-esquerda, tem 300 votos na Câmara, de certa forma liderados pelo Arthur Lira. Então, o governo em minoria no Congresso tem dificuldade de implementar sua agenda. Com o presidencialismo brasileiro, que passa a ter um Congresso com um poder a partir das emendas impositivas, e um quadro partidário e um sistema político eleitoral é impraticável”, disse.
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Perguntado sobre a articulação do Governo com o Congresso, Dirceu avaliou que não há um erro do Planalto, mas sim que há muita divergência por conta de interesses.
“Eu não vejo erro de articulação por que formar maioria numa Câmara como essa é difícil. A situação levou o PP e o PR a ser base do governo! Se nós falássemos isso aqui há 2 anos, diriam: o Zé Dirceu bebeu demais antes de vir aqui. Mas é a realidade do país. É muito difícil fazer articulação política pois as pautas geram divergência, porque no Brasil mudou o ponto de vista dos partidos políticos. Hoje, seja educação, seja saúde, seja política monetária, cambial, fiscal, seja a reforma tributária, os partidos têm posições e representam interesses”, finalizou.